Entre o Suor e a Liberdade – Uma Jornada Sobre Duas Rodas
Imagine pedalar sob um sol de 40°C, com a pele grudenta de poeira, os músculos ardendo e a ansiedade de encontrar um lugar seguro antes que os pernelongos — mosquitos gigantes — dominem a noite. Foi assim que Jean e Lare de viagem transformaram uma simples cicloviagem pela Tailândia em uma epopeia de resistência, improviso e descobertas. Entre plantações infinitas de arroz, cachoeiras escondidas e acampamentos selvagens, cada pedalada revelou não apenas paisagens, mas lições valiosas para quem ousa explorar o mundo sobre duas rodas.
Sumário do Artigo
Na Rota do Arroz: Canais, Cachoeiras e a História dos Caminhos Tailandeses
Trilhas de Ouro: Dos Canais Reais às Cachoeiras Esquecidas
A jornada dos ciclistas começou nas planícies próximas a Bangkok, onde os canais de irrigação — legado do antigo sistema khlong que sustentou a agricultura tailandesa por séculos — cortam o terreno como veias. Esses canais, outrora usados para transporte e comércio, hoje são testemunhas silenciosas da relação do país com o arroz, cultivo que representa 30% de suas exportações.
Fatos Curiosos
- Postes Elefantes: Nas zonas rurais, postes de luz esculpidos como elefantes homenageiam o animal símbolo da Tailândia, que antigamente ajudava no transporte de carga.
- Cachoeira Secreta: A “famosa cachoeira” mencionada no vídeo, na verdade um fio d’água discreto, reflete um padrão comum no interior: muitas atrações naturais são modestas, mas carregam charme pela simplicidade.
- Barragem Abandonada: O lago próximo ao primeiro acampamento selvagem era parte de um projeto de irrigação abandonado, comum em regiões onde a seca castiga parte do ano.
Dica de Rota
- Overlander como Aliado: A plataforma Overlander foi crucial para encontrar acampamentos e cachoeiras, mesmo que algumas marcações levem a lugares subestimados. “Nem tudo é como nas fotos, mas é aí que está a graça”, brincou Jean.
Sobrevivência no Calor: Da Cozinha no Banheiro à Guerra Contra os Pernelongos
Mosquitos, Macarrão e Shampoo: O Manual do Cicloviajante Resiliente
Pedalar na Tailândia sob calor extremo exige mais que resistência física; é uma aula de engenhosidade. Jean detalhou práticas inusitadas que mantiveram a viagem viável:
Dicas Ouro
Cozinhar sem Deixar Rastro:
- Usar o banheiro do alojamento para cozinhar, desde que haja exaustor, evitando incômodos com cheiro de gás. “Sempre limpamos tudo. Outros ciclistas precisarão do mesmo espaço”, explicou.
- Fogareiro portátil e alimentos práticos, como ovos cozidos e arroz pronto (comprado por 1,50 baht), salvaram refeições.
Lavanderia Portátil:
- Lavar roupas no banheiro com shampoo de sachê. “A água saía preta de tanta poeira!”, riu Jean. A técnica remove o odor e sujeira sem necessidade de sabão especializado.
Defesa Contra Pernelongos:
- Montar a barraca antes do pôr do sol é crucial. “Eles chegam como um exército à noite”, alertou. Usar telas de proteção e manter a barraca parcialmente fechada garante ventilação sem invasores.
Hidratação Inteligente:
- Comprar água gelada em mercados (1,50 baht por 1,5L) e congelar parcialmente garrafas em freezers de camping para tê-la gelada por horas.
Economia Sobre Duas Rodas: Como Gastar Menos que um Café por Dia
De Marmitas a Moedas Douradas: A Matemática do Cicloturismo Barato
A viagem provou que explorar a Tailândia de bike pode ser incrivelmente econômico. Jean compartilhou números e estratégias.
- Custo Diário com Comida: Em média, 50 baht (R$7) por pessoa, com compras em mercados locais: arroz pronto (1,50 baht), ovos (dúzia por 15 baht), e miojo (6 unidades por 19 baht).
- Camping Gratuito ou Barato: Acampamentos selvagens (como o à beira da represa) custaram zero, enquanto campings organizados cobraram 100 baht (R$14) por noite.
- Dica de Ouro: “Sempre carregue moedas. Encontrei uma moeda dourada perdida, que pagou um sorvete!”, contou Jean.
Segredo do Orçamento
- Evitar restaurantes turísticos. “Comemos sob árvores, com marmitas geladas. No calor, até arroz frio é bom”, brincou.
A Estrada é Mestra – Um Convite à Resistência e à Descoberta
A cicloviagem de Jean e Lare pela Tailândia não foi só sobre chegar ao Camboja; foi sobre abraçar o desconforto para ganhar histórias que nenhum guia turístico conta. Entre suor, poeira e risadas nervosas ao fugir de pernelongos, eles encontraram riachos escondidos, a generosidade de estranhos (como as mangas oferecidas por uma senhora) e a satisfação de dormir sob as estrelas.
“Pedalar é mais que avançar; é sobre parar, respirar e descobrir que até os dias mais quentes têm brisas escondidas. A estrada não perdoa, mas recompensa cada ciclista com lições de humildade e liberdade. Lembre-se: nenhum pernelongo é grande demais para quem tem coragem de seguir em frente.”
Uma aventura sobre duas rodas que você não pode perder!
Viajar de bicicleta já é um grande desafio, mas imaginar alguém pedalando por paisagens incríveis e ainda dedicando tempo para registrar e compartilhar cada momento torna essa jornada ainda mais especial. No canal Lari e Jean pelo mundo, cada vídeo é produzido com carinho, mostrando não apenas os trajetos percorridos, mas também as histórias, emoções e aprendizados que surgem pelo caminho.
Uma maneira simples, mas poderosa, de apoiar essa incrível aventura é se inscrevendo no canal! Isso ajuda a manter os conteúdos no ar e incentiva novas jornadas a serem compartilhadas. E claro, deixar um like e compartilhar o vídeo com amigos também faz toda a diferença!
Se você gosta de viagens, natureza e boas histórias, esse é o momento de embarcar nessa jornada. Dê o play e venha acompanhar essa incrível expedição sobre duas rodas!

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